Logo que entrei em meteorologia (1998) eu fiz uma matéria bem básica sobre instrumentação meteorológica. Em meio a termômetros, barômetros e vários outros "-ômetros" eu pensei que a solução para tudo isso era colocar uma estação meteorológica nas costas de uma meia dúzia de milhares de moscas/mosquitos e pronto. Simples assim!

Mais ou menos! Desde o começo do século os pesquisadores de meteorologia e ciências ambientais têm entendido que nosso gargalo não é mais o poder computacional para fazer previsões do tempo, mas sim OBSERVAÇÕES CONFIÁVEIS EM TODA A ATMOSFERA E NOS OCEANOS. Com isso, lá pelos meados de 2003 que venho sabendo de alguns esforços da NASA para trazer esse sonho à realidade, usando nanotecnologia.

O sensor MEMS é um tipo de nanomáquina autônoma que tem uma escala minúscula de tamanho mas tem funcionalidades como qualquer outra máquina mecânica ou elétrica. Mais informações sobre MEMS podem ser lidas aqui.

A idéia é ambiciosa: liberar milhares ou talvez até milhões dessas GEMS e deixá-las flutuar livremente. Elas serão tão pequenas que serão carregadas por correntes de ar, dentro de nuvens e até mesmo pelas gotas de nuvens. As aplicações vão desde monitoramentos sinóticos de larga escala até observações dentro de nuvens, modelando furacões, tornados e tempestades profundas.

Bem, acredito que o futuro da meteorologia dependa mais desse tipo de abordagem do que apenas o aumento do parque computacional de modelagem numérica ou estatística.
Mais informações sobre a GEMS está nesse artigo e nesse outro, sobre nanotecnologia, lá nos últimos parágrafos.
3 comentários:
hmmm me lembrou da Dorothy...
ah sim, só duas coisas? é gargalo a palavra (do gargalo da garrafa, onde estreita) e a expressão é "ao léu", com U. Bem provável que haja o verbete léu no Houaiss!
De resto, eu acho que já seria um grande avanço se todos os reportes dos aviões fossem realmente utilizados, eles passam por lugares extremamente remotos onde não há como mandar uma radiossonda, como o Sul do Pacífico Sul, o Pacífico Norte entre Havaí e Alasca, o Atlântico Sul, o Oceano Índico, o Ártico e Sibéria, e por aí vai.
É verdade, lucio!
A quantidade de dados de ar superior sobre o oceano seria muito melhor, até para comparar com os perfiladores de satelite e etc.
Agora, imagina as toneladas de dados que seriam despejadas por dia? Quero ver alguém validar e filtrar tudo isso hehehehheheh
ps.: tá vendo a falta que a mariana faz quando eu posto? ela é minha ghostwriter! :)
Descobri um site muito legal: www.copyscape.com. É um site para descobrir se seu conteúdo está sendo copiado. E pasme: exatamente neste post, digamos que foi indicado...
Olha: Tecnoblog
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